As obras de infraestrutura e as negociações para facilitar o comércio internacional no Corredor Bioceânico de Capricórnio avançaram nas últimas semanas. A rota rodoviária, que ligará Mato Grosso do Sul aos portos do Chile, passando por Paraguai e Argentina, teve progressos tanto na execução de obras essenciais quanto na definição de estratégias para aprimorar a logística e os processos transfronteiriços.
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Foto: Midiamax |
Modernização e integração das aduanas
O plano, que conta com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), abrange três eixos principais:
Infraestrutura física e digital
Desenvolvimento produtivo e comercial
Melhoria no fluxo aduaneiro entre os países
O consultor internacional Eduardo Simas, que participou da reunião, destacou que a digitalização dos processos aduaneiros é fundamental para aumentar a transparência e a eficiência. “A padronização dos procedimentos evita interpretações divergentes da legislação em cada ponto de fronteira, reduzindo barreiras burocráticas”, afirmou.
Simas também ressaltou que os projetos Procomex e Colfax desempenham um papel decisivo na modernização dos trâmites aduaneiros. Com essas mudanças, o Corredor Bioceânico fortalece a integração entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile e se posiciona como um eixo logístico estratégico para o mercado asiático.
Infraestrutura avança com novas obras
Além das negociações diplomáticas, o Corredor Bioceânico registrou avanços concretos em sua infraestrutura:
Argentina: O governador de Salta, Gustavo Sáenz, anunciou a construção de uma ponte sobre o Rio Pilcomayo, entre Pozo Hondo (Paraguai) e Mission La Paz (Argentina). O projeto, financiado pelo governo paraguaio, prevê investimentos de US$ 70 milhões e será essencial para a integração rodoviária.
Paraguai: Seguem em ritmo acelerado as obras do trecho entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, na chamada Picada 500. As melhorias incluem pavimentação, movimentação de solo e construção de infraestrutura viária, beneficiando cerca de 41 mil moradores e facilitando o escoamento de mercadorias. O Paraguai investe US$ 1 bilhão no corredor, abrangendo trechos que conectam Carmelo Peralta a Loma Plata e Mariscal Estigarribia a Pozo Hondo.
Impacto econômico e projeções futuras
A conclusão do Corredor Bioceânico pode reduzir em até 40% os custos logísticos para exportação de produtos brasileiros, paraguaios e argentinos ao mercado asiático. A nova rota permitirá o transporte direto para os portos chilenos de Mejillones, Antofagasta, Tocopilla e Iquique, eliminando a necessidade de atravessar o Canal do Panamá.
Com investimentos contínuos e alinhamento estratégico entre os países, o Corredor Bioceânico se consolida como uma das mais promissoras rotas de exportação da América do Sul, fortalecendo a infraestrutura regional e impulsionando o desenvolvimento econômico do continente.
Portal Rota
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