O alemão Christian Brueckner, de 47 anos, suspeito de participação no sumiço da criança britânica Madeleine McCann, em 2007, foi absolvido na última terça-feira, 8, num julgamento ocorrido num tribunal estadual de Braunschweig, na Alemanha. Ele respondeu a duas acusações de estupro e outras duas de abuso sexual não relacionadas com o desaparecimento da criança.
Foto: Midiamax |
Em sua defesa, os advogados de Brueckner apontam falta de provas e de veracidade no depoimento das testemunhas que o ligassem a esses crimes. Os defensores sugeriram ainda que ele poderia não ter sido acusado, se não fosse suspeito no caso Madeleine.
Os promotores de acusação queriam que lhe fosse imposta uma pena de 15 anos de prisão. “As provas que tínhamos não foram suficientes para condenar o réu”, disse Uta Engemann, juíza que presidiu a sessão. Ela apontou ainda que as testemunhas não eram confiáveis, e algumas delas mentiram “deliberadamente ao tribunal”.
Uta disse ainda que as testemunhas foram influenciadas em suas declarações pelas reportagens da mídia sobre Brueckner, que retratam o acusado como um “monstro sexual e assassino de crianças”. Logo após a decisão, o procurador Hans Christian Wolters afirmou que apelaria para o Supremo Tribunal alemão, a fim de verificar se há erro na decisão da juíza.
Friedrich Fülscher, advogado de Brueckner, disse em entrevista à imprensa após a decisão que “era previsível, pelo menos do ponto de vista da defesa, que só pode haver um resultado que corresponda à situação factual e jurídica e que é a absolvição”
Apesar de ser suspeito, Brueckner não foi acusado formalmente no caso Madeleine, no qual está sob investigação por suspeita de assassinato. Ele passou muitos anos em Portugal, incluindo a estância balneária da Praia da Luz, quando Madeleine desapareceu 2007, e sempre negou envolvimento com o crime.
Atualmente Brueckner cumpre uma pena de sete anos de prisão depois de ter sido condenado em 2019 pelo tribunal de Braunschweig pela violação de uma mulher americana de 72 anos em Portugal, em um caso ocorrido em 2005. O caso foi julgado na Alemanha pelo fato dele morar no país.
Midiamax
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