O vereador Claudinho Serra (PSDB), atualmente licenciado de seu mandato em Campo Grande, decidiu não tentar a reeleição. Claudinho é réu em uma ação penal, acusado de liderar um esquema de corrupção em Sidrolândia, cidade a 73 km da capital, onde sua sogra, Vanda Camilo (PP), busca a reeleição como prefeita.
Foto: Midiamax |
Desde maio, o vereador encontra-se em licença não remunerada para tratar de assuntos particulares. Nas últimas eleições, ele obteve 3.616 votos, garantindo apenas a segunda suplência pelo PSDB. Claudinho só conseguiu assumir uma cadeira na Câmara Municipal após uma série de movimentações dentro do partido.
Inicialmente, ele assumiu o cargo quando o titular, João Cesar Mattogrosso, foi nomeado para um cargo no governo do Estado, o que levou à convocação do primeiro suplente, Ademir Santana. Posteriormente, quando o vereador João Rocha também foi designado para um cargo no governo, Claudinho assumiu como suplente em maio de 2023.
Finalmente, Claudinho consolidou seu mandato de forma definitiva quando Ademir Santana renunciou, alegando que deixava o cargo para se dedicar à campanha eleitoral do PSDB. A renúncia ocorreu um mês antes da deflagração da Operação Tromper, que desvendou o suposto esquema de corrupção.
Claudinho Serra, ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia, e genro da prefeita Vanda Camilo, está implicado na 3ª fase da Operação Tromper, realizada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
No dia 19 de abril, Claudinho e outros 21 acusados se tornaram réus após a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul ser aceita pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia. O vereador é acusado de liderar um esquema de corrupção e fraudes em licitações durante sua gestão como secretário.
As investigações do Gecoc, corroboradas pela delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva, revelaram supostas fraudes em diversos setores da Prefeitura de Sidrolândia, incluindo o Cemitério Municipal, a Fundação Indígena, o abastecimento da frota de veículos e repasses de empresários para Claudinho Serra. Esses valores variavam de 10% a 30% do total dos contratos, dependendo do tipo de propina envolvida.
Portal Rota
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