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Documentos desmentem versão da prefeita Vanda Camilo: ela contratou e promoveu delator da Operação Tromper

terça-feira, 27 de agosto de 2024

/ por Redação/Portal Rota

Documentos oficiais publicados no Diário Oficial da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) contradizem a versão apresentada pela prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), em relação à contratação de Tiago Basso da Silva, delator da Operação Tromper. Candidata à reeleição, a prefeita contratou e promoveu o servidor, que a acusou de envolvimento em um esquema milionário de corrupção.

Foto: Divulgação
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Vanda Camilo chamou Tiago Basso de "fruta podre" na administração municipal e alegou que o servidor foi herdado da gestão anterior, sob o comando do ex-prefeito Marcelo Ascoli. A prefeita afirmou que foi vítima de uma "armadilha". No entanto, Tiago Basso rebateu a declaração, revelando que foi exonerado do cargo de chefe de Divisão de Compras e Licitações por Ascoli no final de dezembro de 2020, prática comum na troca de administrações.

Vanda Camilo, contudo, nomeou Tiago como “assessor especial de apoio administrativo” em 7 de janeiro de 2021, com a nomeação sendo publicada no Diário Oficial da Assomasul em 11 de janeiro de 2021. Poucos dias depois, em 12 de janeiro de 2021, Vanda o exonerou do cargo de assessor especial e o promoveu a chefe do setor de Execuções e Fiscalização, aumentando seu salário para R$ 3,6 mil com uma gratificação de 100%. O ato foi oficializado no Diário Oficial em 13 de janeiro de 2021.

Foto: Divulgação
Apesar das denúncias e da deflagração da primeira fase da Operação Tromper em maio de 2023, Tiago Basso não foi demitido imediatamente. A prefeitura orientou o servidor a permanecer em casa sem qualquer afastamento oficial, permitindo que ele continuasse recebendo o salário integralmente. Sua demissão só ocorreu após a segunda fase da operação, em julho de 2023, quando Tiago foi preso. Ele permaneceu detido até outubro, quando aceitou um acordo de delação premiada, que foi homologado pelo desembargador Paschoal Carmello Leandro, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Foto: Divulgação
O depoimento de Tiago Basso envolve diretamente a prefeita Vanda Camilo, conferindo a ela direito a foro privilegiado. A delação, homologada em dezembro do ano passado, ainda aguarda uma decisão do procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Júnior, com o inquérito tramitando sob sigilo.

Além disso, o genro de Vanda, Claudinho Serra (PSDB), vereador em Campo Grande e ex-secretário municipal de Fazenda durante a gestão da sogra, foi apontado pelo delator como chefe da organização criminosa e acusado de usar dinheiro do esquema para gastos pessoais, incluindo despesas com cartões de crédito e festas na casa de Vanda Camilo.

A assessoria de Vanda Camilo não se manifestou sobre as acusações. A prefeita apenas ressaltou o parentesco de Tiago Basso com o candidato de oposição, Rodrigo Basso (PL), destacando que eles são primos, e mencionou que o advogado Wellison Machiutti Hernandes, também citado, integra a equipe de campanha do adversário político.

Portal Rota

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