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Padilha destaca papel do Brasil como mediador nas eleições da Venezuela e ressalta cautela do governo em se pronunciar sobre o resultado

quarta-feira, 31 de julho de 2024

/ por Redação/Portal Rota

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (31) que a atuação do Brasil foi fundamental para a realização das eleições presidenciais na Venezuela. Segundo ele, o governo brasileiro manterá sua postura cautelosa e só se pronunciará sobre o resultado do pleito após a divulgação das atas que detalham os resultados das urnas.

Foto: Midiamax
"O Brasil tem sido um mediador desde o início, junto com outros países. Essa é a postura que um presidente da República deve ter para poder participar efetivamente do processo", declarou Padilha durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Padilha enfatizou que o Brasil deseja a paz e a estabilidade econômica para a Venezuela e seus vizinhos, ressaltando que isso também beneficia o Brasil. "Se forem bem na economia e na pacificação, quem mais ganha é o Brasil, que mais vende do que compra para esses países vizinhos da América do Sul", disse.

O ministro reiterou a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu aguardar a publicação das atas eleitorais antes de qualquer declaração oficial sobre o resultado das eleições venezuelanas. "O presidente Lula foi claro: 'Só vou me pronunciar sobre o resultado das eleições quando houver ata'. O Brasil tem adotado essa postura desde o início, sem se precipitar em fazer qualquer manifestação", afirmou Padilha. Ele também mencionou que o diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reforçou essa abordagem cautelosa.

Entenda o contexto

As eleições presidenciais na Venezuela, realizadas no domingo (28), resultaram na reeleição do presidente Nicolás Maduro, que foi proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com 51,21% dos votos. O principal opositor, Edmundo González, obteve 44% dos votos, segundo o CNE.

O resultado foi contestado pela oposição, que alegou fraude nas urnas. A líder oposicionista María Corina Machado afirmou que a oposição teve acesso a 40% das atas eleitorais que indicariam a vitória de González. Ela pediu uma intervenção das Forças Armadas, enquanto Maduro acusou a oposição de tentar orquestrar um golpe de Estado.

Após a proclamação de Maduro, manifestantes tomaram as ruas de Caracas, com a oposição e a comunidade internacional exigindo a divulgação completa dos resultados por urna. O CNE é esperado para publicar todas as atas eleitorais, permitindo verificar se os documentos em poder do conselho coincidem com os distribuídos a fiscais da oposição e observadores internacionais.

Em resposta à controvérsia, o governo venezuelano expulsou os representantes diplomáticos de países que contestaram o resultado das eleições, incluindo Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu um alerta consular para brasileiros na Venezuela, recomendando que evitem aglomerações e se mantenham informados sobre a situação de segurança nas áreas onde se encontram.

Portal Rota

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