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Ex-Servidor Deixa Sidrolândia Após Revelar Esquema de Corrupção na Prefeitura

sexta-feira, 19 de julho de 2024

/ por Redação/Portal Rota

Preocupado com sua segurança e a de sua família, Tiago Basso da Silva, ex-servidor municipal de Sidrolândia, deixou a cidade após delatar um suposto esquema de corrupção na prefeitura. O esquema seria liderado pelo vereador licenciado Claudinho Serra (PSDB) e teria envolvimento da sogra de Serra, Vanda Camilo (PP), que é a atual prefeita e pré-candidata à reeleição.

Foto: Correio do Estado
Segundo o advogado de Tiago, Wellison Muchiutti, a saída do cliente ocorreu em outubro do ano passado devido a temores de retaliações. "Não posso revelar o destino dele para não comprometer sua segurança. Posso apenas dizer que ele não está mais em Sidrolândia, podendo estar em Mato Grosso do Sul ou em outro estado brasileiro", afirmou Muchiutti.

Na delação premiada, Tiago apontou o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) no esquema de corrupção. Em depoimento aos promotores de Justiça Adriano Lobo Viana de Resende e Bianka Machado Arruda Mendes, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), Tiago relatou que, quando foi preso com Ueverton da Silva Macedo, conhecido como Frescura, e Roberto Valenzuela no Presídio de Trânsito em Campo Grande, percebeu a ligação do PCC com o esquema.

"Nós três ficamos no 'corró' [local onde os presos recém-chegados permanecem] na sexta-feira, sábado e domingo, e na segunda-feira fomos transferidos para a mesma cela, o que é incomum, pois geralmente as pessoas ficam no 'corró' por mais tempo", contou Tiago. Na cela oito, Frescura teria dito a Tiago para ficar tranquilo, afirmando que sairiam em 15 dias. Contudo, ao perceber a gravidade da situação, Tiago sugeriu a Frescura a possibilidade de fazerem uma delação premiada, o que resultou em uma reação negativa.

Dois dias depois, Frescura chamou Tiago para uma conversa privada, alertando-o sobre as consequências de uma delação. "Ele disse: 'Se você decidir fazer uma delação premiada, pode ter certeza que antes da minha mãe chorar, a sua mãe vai chorar primeiro'", relembrou Tiago.

Preocupado, Tiago pediu para falar com seu advogado, que o aconselhou a se afastar de Frescura e limitar as conversas. "Era evidente a influência que Frescura tinha no presídio, que era controlado pelo PCC", disse Tiago.

Quando os presos souberam que Tiago estava considerando a delação premiada, o advogado de Tiago foi procurado por Douglas Matos, advogado de Frescura. Durante uma conversa na presença de Frescura, Matos foi direto ao ponto. "Ele perguntou ao meu advogado se havia a intenção de falar sobre delação premiada, e o advogado negou. Frescura garantiu que cuidariam de minha família enquanto eu estivesse preso", concluiu Tiago.

Portal Rota

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