Ex-chefe de Licitações Envolvido em Corrupção com Claudinho Serra Pede Autorização para Mudar de Cidade

O ex-chefe de licitações do município de Sidrolândia, Marcus Vinicius Rossettini de Andrade Costa, solicitou à Justiça permissão para mudar de cidade. Sidrolândia está localizada a 70 km de Campo Grande. Marcus Vinicius é acusado de participar de um esquema criminoso que fraudava processos licitatórios no município, sob o comando do vereador licenciado de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP).

Foto: Midiamax

De acordo com a defesa de Marcus Vinicius, após perder o cargo, ele não conseguiu encontrar emprego em Sidrolândia. A defesa alega que, devido ao tamanho da cidade e à repercussão da operação, ele enfrenta dificuldades para conseguir trabalho. Marcus Vinicius, após sair da prisão, está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e tem outras restrições, como recolhimento domiciliar noturno das 20h às 6h, inclusive aos fins de semana, além de não poder se ausentar do município sem autorização judicial.

“A permanência do assistido no atual domicílio não apenas impede sua busca por emprego remunerado, mas também compromete a segurança sua e de sua família”, argumenta a defesa.

A defesa solicitou que Marcus Vinicius possa mudar-se para a casa da irmã, em Campo Grande. O juiz da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, ainda não decidiu sobre o pedido.

Histórico de Corrupção

Marcus Vinicius foi nomeado pela prefeita Vanda Camilo como chefe da Divisão de Compras e Licitação em Sidrolândia, apesar de já responder a processos por suspeita de corrupção durante sua atuação na Secretaria de Estado de Administração (SAD). Em 2019, ele foi denunciado por suspeita de irregularidades na contratação de empresas de limpeza para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, e ainda responde às ações decorrentes das denúncias feitas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).

Mesmo com esse histórico, Marcus Vinicius foi nomeado para o cargo em Sidrolândia em julho de 2021. Além disso, ele já havia sido investigado por suspeitas de fraudes em licitações enquanto atuava como servidor público em Jardim, entre 2009 e 2010.

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