A defesa de Heberton Mendonça da Silva, empresário e ex-chefe de gabinete do vereador licenciado de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), argumentou à Justiça que a troca de mensagens solicitando agilidade no pagamento para a empresa de Heberton é uma "situação corriqueira em qualquer repartição pública". O caso tem gerado grande repercussão em Sidrolândia.
Foto: Midiamax |
A troca de mensagens está inclusa na denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Segundo a acusação, Carmo Name Júnior, apontado como braço direito de Claudinho Serra, estava pressionando pela agilidade no pagamento à empresa Art e Traço, vencedora de licitação para gerir contratos de publicidade da prefeitura de Sidrolândia. A empresa Art e Traço seria responsável por repassar valores a agências, incluindo uma pertencente a Heberton, que estaria envolvida no esquema.
A defesa de Heberton nega que a solicitação de agilidade no pagamento seja prova de crime, contestando a acusação do MPMS de que a empresa foi criada apenas para "prestar serviços" para a Art e Traço e desviar dinheiro do município através de falsos pagamentos de publicidade. Além disso, a defesa afirmou que Heberton não utilizou sua influência política com Claudinho Serra, pois sua nomeação para o gabinete ocorreu após a prestação de serviço para a Art e Traço.
Para o MPMS, Heberton criou a empresa para receber pagamentos da Art e Traço por serviços de publicidade nunca prestados. As investigações indicaram que um site de notícias, que apenas replicava matérias de outros veículos, recebia pagamentos mensais em nome do município de Sidrolândia por publicidades inexistentes.
A investigação, conduzida pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Sidrolândia, confirmou a existência de uma organização criminosa voltada para fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia, além do pagamento de propina a agentes públicos municipais.
Operação Tromper
Nas duas primeiras fases da Operação Tromper, os agentes investigaram corrupção na prefeitura de Sidrolândia, localizada a 70 quilômetros de Campo Grande. Durante as investigações, foi descoberto um conluio entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, somando valores milionários.
As apurações também revelaram a existência de uma organização criminosa dedicada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, além do pagamento de propina a agentes públicos em troca de informações privilegiadas da administração pública.
O caso tem gerado grande repercussão em Sidrolândia, trazendo à tona questões sobre a integridade das licitações e a administração pública na cidade. A população local aguarda ansiosamente por desdobramentos e por medidas que assegurem a transparência e a legalidade nos processos administrativos municipais.
Portal Rota
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