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Naufrágio no Mar Vermelho ameaça ecossistema e abastecimento de água

sábado, 9 de março de 2024

/ por Redação
A recente tragédia no Mar Vermelho, decorrente do naufrágio do navio M/V Rubymar, levanta sérias preocupações sobre os impactos ambientais e socioeconômicos na região. O incidente, ocorrido após um ataque dos rebeldes houthis do Iêmen, resultou no afundamento do navio, que transportava 22 mil toneladas de fertilizante tóxico.

Foto: Reprodução
A localização única do Mar Vermelho, com seus padrões circulares de correntes, torna-o especialmente vulnerável a tais eventos. Como menciona Ian Ralby, especialista em segurança marítima, "o que derrama no mar Vermelho, fica no mar Vermelho", ressaltando os riscos iminentes para o ecossistema local.

Além disso, a região depende significativamente das águas do Mar Vermelho para abastecimento de água potável, especialmente devido à extensa rede de usinas de dessalinização da Arábia Saudita. A contaminação por petróleo do naufrágio pode comprometer seriamente essas instalações e causar danos irreparáveis ao sistema de conversão de água salgada.

O impacto também se estende à economia pesqueira, com o Mar Vermelho sendo uma fonte vital de frutos do mar, especialmente no Iêmen. A pesca, que já foi o segundo principal produto de exportação no país, agora enfrenta novos desafios devido ao aumento das atividades dos rebeldes houthis na região.

Embora as autoridades ainda não tenham determinado o volume exato de óleo derramado pelo Rubymar, estimativas indicam que o impacto pode ser significativo. O risco decorrente das 22 mil toneladas de fertilizante transportadas também é motivo de preocupação, pois pode levar à proliferação de algas nocivas e ao surgimento de "zonas mortas" no oceano.

Essa tragédia destaca não apenas os desafios imediatos enfrentados pela região, mas também a necessidade urgente de medidas preventivas e de segurança marítima mais robustas. Com os ataques contínuos dos houthis a navios na região, é imperativo agir para evitar futuras catástrofes ambientais e humanitárias.

Enquanto os esforços de limpeza e mitigação estão em andamento, especialistas como Ralby alertam para os riscos crescentes de novos incidentes. Com a redução do tráfego de navios porta-contêineres na região, os navios restantes representam um risco ainda maior devido à falta de manutenção adequada e ao aumento das tensões geopolíticas na área.

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