A entrada do Japão no seleto grupo de países que tiveram sucesso em missões espaciais volta a colocar luz em programa de vários países e empresas privadas que também planejam missões lunares. Se o sucesso deles significa elogios científicos e diplomáticos internacionais e potenciais ganhos políticos internos, o fracasso pode gerar um constrangimento caro e público.
Estados Unidos
Depois de 50 anos da missão que colocou os primeiros homens na Lua, a Nasa confirmou que planeja enviar astronautas para voar ao redor da Lua no próximo ano e pouso previsto para 2026. O cronograma era mais ousado, mas teve seu adiamento anunciado nesta semana por questões técnicas.
Entre os planos privados de exploração espacial, a empresa americana Astrobotic Technology disse que o seu módulo lunar irá em breve retomar seus testes depois de fracasso recente em uma missão falha da sonda Peregrine, que teve seu lançamento abortado por causa de um vazamento de combustível.
Mesmo assim, as chances americanas de voltarem ao espaço com mais sucesso e volume de passageiros comerciais seguem altas graças a empresas como a SpaceX e Blue Origin, que pretendem priorizar missões tripuladas.
A americana Intuitive Machines planeja lançar seu próprio módulo lunar no próximo mês.
Índia
O gigante asiático se tornou no ano passado o primeiro país a pousar uma nave espacial perto do pólo sul da Lua, onde os cientistas acreditam que crateras perpetuamente escurecidas podem conter água congelada. Se confirmada essa hipótese, isso poderia ajudar futuras missões.
A Índia tem pressionado por um programa espacial desde a década de 1960 e pretende visitar a Estação Espacial Internacional no próximo ano, em colaboração com os Estados Unidos.
Em 2019, uma falha de software fez com que um módulo de pouso indiano caísse durante sua descida lunar, o que gerou frustração enorme, além de prejuízo de mais de US$ 75 milhões ao programa. Agora, os cientistas indianos disseram que o próximo passo é uma missão lunar tripulada.
China
Já a China, que pousou na Lua em 2013 e, no ano passado, lançou uma tripulação de três pessoas para sua estação espacial em órbita, quer colocar astronautas na Lua antes do final da década Em 2020, uma cápsula chinesa retornou da Lua à Terra com as primeiras amostras frescas de rocha lunar em mais de 40 anos.
Com sua primeira missão espacial tripulada em 2003, a China se tornou o terceiro país, depois da URSS e dos Estados Unidos, a colocar uma pessoa no espaço. Com ambições espaciais intimamente ligadas à rivalidade com os Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo competem pela influência diplomática, política e militar na Ásia e fora dela.
A China construiu a sua própria estação espacial depois de ter sido excluída da Estação Espacial Internacional, em parte devido às objecções da Casa Branca sobre os laços íntimos do programa espacial chinês com os militares. Os dois países ainda competem nos planos para bases tripuladas permanentes na Lua, o que já gera discussões sobre questões sobre a competição e a cooperação na superfície lunar.
Rússia
Já os russos, os primeiros desbravadores do espaço, não colecionam bons históricos em suas ultimas tentativas de retorno No ano passado, o Luna-25 falhou na sua tentativa de aterrar na mesma área da Lua que a Índia alcançou.
Os soviéticos lançaram o primeiro satélite no espaço em 1957 e colocaram o primeiro ser humano no espaço em 1961, mas o programa da Rússia tem enfrentado dificuldades desde o colapso da União Soviética em 1991, em meio à corrupção generalizada e às sanções ocidentais. Apesar disso, o país anunciou que pretende realizar outra missão lunar em 2027.
Agência Estado
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