O Vaticano anunciou neste sábado a destituição do bispo norte-americano Joseph Strickland de sua diocese em Tyler, Texas, uma medida rara que expôs as tensões dentro da Igreja Católica. Strickland, conhecido por suas posições conservadoras, vinha criticando repetidamente o papado de Francisco, especialmente em relação à comunidade LGBTQIA+.
Foto: Divulgação |
Especialistas apontam que a destituição de um bispo é uma medida rara, normalmente precedida por afastamentos ou pedidos de renúncia. Neste caso, a decisão foi tomada após o envio de dois bispos norte-americanos à diocese de Strickland em junho, como parte de uma investigação sobre a gestão financeira da diocese.
O Papa Francisco tem adotado medidas para modernizar e tornar a Igreja mais inclusiva. Durante uma reunião dos padres jesuítas em Lisboa, ele lamentou a "atitude fortemente reacionária" de alguns católicos e enfatizou a necessidade de uma abordagem evolutiva nos temas da fé e moralidade.
Essa abordagem progressista, no entanto, tem enfrentado oposição de setores mais conservadores, especialmente nos Estados Unidos. Críticos acusam o pontífice de contrariar as principais crenças católicas, particularmente em relação ao aborto, e demonstram preocupação com sua postura tolerante em relação à comunidade LGBTQIA+ e pessoas divorciadas.
O bispo Strickland, em suas redes sociais, acusou o Papa Francisco de "minar o depósito da fé". Mesmo diante de rumores sobre sua possível renúncia, Strickland afirmou que não abandonaria seu rebanho e respeitaria a autoridade do papa caso fosse destituído.
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