Lutando por cuidados médicos e contra a obrigatoriedade do hijab no Irã, Narges Mohammadi, laureada com o Nobel da Paz deste ano, lançou uma greve de fome na segunda-feira, 6. A ativista, de 51 anos, que tem enfrentado anos de reclusão devido à sua oposição às leis iranianas, agora protesta contra a negligência das autoridades em oferecer assistência médica adequada aos presos.
Foto: AFP |
A campanha Free Narges Mohammadi relatou que ela iniciou a greve de fome, enquanto tentava ser transferida para um hospital especializado em problemas cardíacos e pulmonares. No entanto, os detalhes sobre a condição de saúde exata de Mohammadi não foram divulgados.
A situação se soma à história de Nasrin Sotoudeh, outra ativista iraniana detida, que também requer cuidados médicos não atendidos. Sotoudeh foi presa durante o funeral de uma jovem que faleceu em circunstâncias questionáveis no metrô de Teerã por não usar o hijab.
A recusa das autoridades iranianas em reconhecer a greve de fome de Mohammadi é uma ocorrência comum em casos envolvendo ativistas no país. Mohammadi tem sido uma figura proeminente nos movimentos de protesto liderados por mulheres, que ganharam impulso após trágicos incidentes envolvendo o hijab no ano passado.
Os ativistas no exterior levantaram a possibilidade de que Armita Geravand, uma jovem que faleceu após um ferimento na cabeça no metrô de Teerã, possa ter sido atacada por não usar o hijab. Sotoudeh, uma renomada advogada de direitos humanos, enfrentou detenção após o incidente, sofrendo ela própria lesões na cabeça durante o episódio.
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