As Forças Armadas da Ucrânia usaram nesta semana uma nova arma contra a Rússia em meio aos combates no leste do país. Pela primeira vez no campo de batalha, mísseis de longo alcance cedidos pelos Estados Unidos foram utilizados, de acordo com dois oficiais americanos e um parlamentar ucraniano que publicou sobre o ataque nas redes sociais.
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A versão do míssil ATACM enviado aos ucranianos é, de acordo com oficiais, em número reduzido e equipada com um conjunto de munições - explosivos menores que causam prejuízos em uma ampla área.
Os ataques ucranianos ocorreram em uma base próxima a cidade de Berdiansk, ao sul, e em Luhansk, no leste e destruíram nove helicópteros, um depósito de munições e equipamentos militares, assim como danificaram pistas de decolagens, de acordo com as forças de operações especiais da Ucrânia.
Por mais de um ano desde o começo da guerra, a Casa Branca fugiu dos pedidos de Zelenski por armamento. Parte da preocupação era que a Ucrânia pudesse usar os mísseis para atacar alvos nas profundidades da Rússia. Por um período, oficiais americanos acreditavam que o uso dos mísseis ATACMS poderia cruzar um ponto de não-retorno que levaria os russos a considerar um ataque com armas nucleares.
Mas esse pensamento mudou. A maioria dos ATACMS têm um alcance de 190 milhas - ou seja, pouco mais de 300 quilômetros -, por volta de 40 milhas a mais do que o alcance mínimo dos mísseis franceses SCAPL e dos mísseis britânicos Storm Shadows, que foram entregues à Ucrânia no começo deste ano. O míssil americano se somará ao arsenal.
Agência Estado
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