Durante interrogatório de Francisco Luis Correa Galeano, o ex-militar colombiano considerado um dos idealizadores do plano de assassinato do promotor Marcelo Pecci disparou denúncias bombásticas que respingou no mundo político paraguaio.
Foto: reprodução, Procura Geral da Colômbia |
No depoimento feito em decorrência das investigações sobre a execução do promotor, Galeano declarou que “em sete ocasiões que um ex-presidente paraguaio tinha conhecimento do plano criminoso”. A informação foi publicada com exclusividade pelo jornal colombiano El Tiempo.
Ainda segundo o periódico colombiano, o ex-militar obteve benefícios judiciais pelas informações que prestou dois meses após o crime. Entretanto essas declarações de galeano, que é apontado como ‘testemunha chave’, só se tornaram públicas agora.
“Não o conheço nem quem é, mas sempre que falei com Ramón e Andrés fizeram referência ao chinês. Sei que é cidadão chinês ou asiático, referiam-se a ele como intermediário entre um narcotraficante de nacionalidade paraguaia e outro a quem chamavam de presidente. Acho que é ex-presidente do Paraguai , com os irmãos Ramón Emilio e Andrés Pérez Hoyos”, disse o ex-militar colombiano.
Em outro trecho do depoimento, o acusado dá alguns detalhes e voltar a envolver um ex-presidente. Entretanto, não divulgou quem seria o político que teria interesse no assassinato do promotor Marcelo Pecci, durante lua de mel em uma ilha paradisíaca da Colômbia.
“Ele também me disse que o que estava acontecendo era que aquele promotor se envolveu com o chefe de Ramón, que é um narcotraficante paraguaio. Mas não sei quem é. Ele também me contou que o promotor Pecci havia colocado um irmão na prisão por quatro anos e que havia traçado um plano para a família no Paraguai. Ramón também insistiu muito comigo que o promotor Pecci estava investigando um ex-presidente do Paraguai” , declarou Galeano.
Após a publicação do El Tiempo, que repercutiu na mídia do país que faz fronteira com MS, o procurador de Assuntos Internacionais do Paraguai, Manuel Doldán, que acompanha o caso, se pronunciou.
Segundo ele, durante entrevista ao ABC Color, as informações vazadas de um dos supostos “mentores” do assassinato na Colômbia do procurador Marcelo Pecci, com possível ligação de um ex-presidente do Paraguai com o crime, “não tem fundamento “e estão fora de um “contexto informal”.
Marcos Morandi
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