A Faixa de Gaza enfrenta uma crise devastadora de cuidados de saúde, com a interrupção de quase dois terços de seus serviços, incluindo hospitais e clínicas, devido aos ataques aéreos implacáveis de Israel, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em um alerta divulgado hoje.
Foto: Reprodução |
Dos 72 serviços de saúde em Gaza, 46, incluindo 12 de seus 25 hospitais, foram forçados a suspender suas operações, de acordo com a OMS. Autoridades de saúde palestinas destacaram a escassez de eletricidade e combustível para os geradores, resultante do bloqueio israelense, além dos estragos ocasionados pelos bombardeios, como os principais motivos por trás desses fechamentos.
O cenário de pressão sanitária em Gaza é alarmante, com o conflito tendo causado a perda de mais de 5 mil vidas e deixado outras 15 mil pessoas feridas. "Estamos temerosos com a possibilidade de um aumento nas taxas de mortalidade entre aqueles que sofrem de condições médicas crônicas", alertou Rick Brennan, diretor de emergências da OMS para o Oriente Médio.
"Nos últimos dias, praticamente ninguém em Gaza teve acesso a uma ducha ou a um banho", destacou Brennan durante uma coletiva de imprensa no Cairo. Ele ressaltou o aumento preocupante de infecções respiratórias, surtos de doenças diarreicas e o crescente número de casos de problemas dermatológicos, como a sarna, devido à escassez de água e às condições precárias de higiene generalizada na região.
Embora a ajuda humanitária tenha conseguido entrar em Gaza por meio de 54 caminhões nos últimos três dias, a OMS lamentou que, devido à intensidade dos ataques, não tenha sido possível alcançar o Hospital Turco em Gaza, crucial para o tratamento de pacientes com câncer. "Em algumas situações desesperadoras, suprimentos foram diretamente levados para salas de cirurgia onde os médicos estavam realizando procedimentos sem anestesia", compartilhou um funcionário da OMS.
Portal Rota
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