O governo brasileiro enfrenta desafios para aprovar a reforma tributária devido à resistência do setor de agronegócio e serviços. O setor agro, caracterizado como subtributado, se recusa a pagar menos impostos e refuta mudanças, enquanto o setor de serviços apoia a desoneração da folha de pagamento, uma medida que o governo não pretende abordar na primeira fase, que é focada em impostos sobre o consumo.
Imagem Ilustrativa |
O setor de serviços lidera uma frente contrária à reforma no Congresso, defendendo a desoneração da folha e a criação de uma nova CPMF. O governo descartou a recriação da CPMF e indicou que a discussão dos tributos que incidem sobre a folha ficará para uma segunda etapa.
Para destravar a reforma no Congresso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) propõe que o governo conceda regimes favorecidos a áreas como saúde, educação, transporte público e agronegócio. A CNI defende o último relatório da PEC 110, apresentada em março do ano passado, que cria a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), unindo PIS e Cofins, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), unindo ICMS e ISS.
Bancada ruralista diz que não aceitará uma alíquota única na reforma. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária disse que o setor não aceitará uma alíquota única na reforma tributária e aponta que é necessário analisar a realidade em toda a cadeia produtiva. Para atrair o apoio do setor, a CNI defende que seja criado uma espécie de "Simples rural" para pequenos produtores e oferecer um regime favorecido para agropecuária, agroindústria, pesqueiro e florestal.
Redação/Rota News
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