Uma empresa norueguesa resolveu se perguntar o que aconteceria com todas as músicas já gravadas no planeta se o mundo acabasse agora. Segundo informações do "Independent", a solução encontrada foi guardá-las em um cofre na própria natureza, assim como foi feito com outros elementos históricos.
Foto: Reprodução |
O Global Music Vault, como é chamado o cofre, ficará entre a Noruega e o Pólo Norte, em Svalbard, mesma região onde fica o Global Seed Vault, que guarda milhões de amostras de sementes provenientes de quase todo o mundo, e o Arctic World Archive, que armazena documentos históricos e culturais.
A ideia surgiu quando um dos idealizadores do projeto, Luke Jenkinson, soube dos outros cofres da região e logo pensou em como armazenar "toda essa música que nos moldou por séculos". A preocupação ganhou força após o incêndio que ocorreu no Universal Studios em 2019 e destruiu até 175 mil fitas master pertencentes ao Universal Music Group. Além disso, eventos como a aquisição do Talibã no Afeganistão em 2021 mostraram a fragilidade dos ecossistemas musicais vivos e como guerras, acidentes e desastres naturais podem acabar com gerações de herança cultural acumulada.
As músicas serão armazenadas com a tecnologia emergente do "Project Silica", em quadrados de vidro de quartzo do tamanho de caixas de CD, prometendo durar “dezenas a centenas de milhares de anos”. O primeiro depósito no cofre deve ser feito ainda este ano e contribuições já estão sendo feitas pelos Arquivos de Música Ketebul do Quênia, da Orquestra de Instrumentos Indígenas e Novas Tecnologias e do Coro Fayha do Líbano. O projeto também é uma aposta comercial e espera-se que se torne uma operação lucrativa nos próximos cinco a 10 anos.
Redação/Rota News
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