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A cassação do ex-policial e youtuber Gabriel Monteiro (PL) foi publicada no Diário Oficial da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (19). Ele perdeu o mandato com o voto de 48 pares no fim da noite de quinta (18).
Ainda assim, ele poderá se candidatar ao cargo de deputado federal nas próximas eleições. A perda do mandato de Monteiro se deu por quebra de decoro parlamentar por causa de acusações de estupro, assédio sexual e vídeos forjados para a internet.
A sessão que determinou a cassação teve início às 16h desta quinta-feira (18) no plenário e terminou às 22h23. Somente o próprio Gabriel Monteiro e o vereador Chagas Bola (União Brasil) votaram contra a cassação.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) não estava na sessão, ele está de licença sem vencimento para acompanhar a campanha do pai, o presidente Jair Bolsonaro, à reeleição. Todos os demais vereadores votaram a favor.
O que foi dito na sessão
“É um dever de cada um dos vereadores e vereadoras nessa casa de leis dar uma resposta forte e justa para o presente caso. A omissão, a negação do projeto de resolução e de perda de mandato vai ficar marcada na história”, Chico Alencar (PSOL), relator do Conselho de Ética.
“Quando fizemos concurso público para investir no mandato de vereador, somos funcionários da Câmara, e aqui quando chegamos já tinha regras. Uma delas é em relação à conduta. A Câmara paga nosso salário, de todos os nossos assessores, até terceirizados, e chegamos sabendo que tinha um regimento interno a ser respeitado”, Celso Costa (Republicanos)
“Venho aqui de cabeça baixa pedir desculpas aos vereadores que se sentiram ofendidos. Não fiz por mal. Não tô falando de estupro, assédio. Isso eu quero deixar claro que não cometi, mas eu sei que eu sou uma pessoa disposta para aprender. Tirar o meu mandato, senhores, é decretar para minha honra, moral, a minha morte”, Gabriel Monteiro (PL)
“Nossos votos foram embasados na triste realidade que se apresentou e pensando nas mulheres, menores e toda a população que representamos. Em nome da maioria dos membros do bloco Juntos pelo Rio, encaminho pela cassação do mandato do vereador”, Rosa Fernandes (PSC)
“É uma vitória do que está pactuado na nossa Constituição Federal, que é o princípio da prioridade absoluta e da garantia do melhor interesse da criança. O recado que todo esse parlamento carioca dá, não só para o Rio de Janeiro, para o nosso Estado, mas também para o Brasil, é que estaremos aqui fazendo uma defesa intransigente e inegociável da vida de todas as pessoas, com dignidade desde o começo da vida”, Thaís Ferreira (PSOL), presidente da comissão de Direitos da Criança
“Eu tenho a convicção de que cada vereador teve a oportunidade de expressar seu voto, com muita consciência, tranquilidade e responsabilidade”, Alexandre Isquierdo (União Brasil), presidente do Conselho de Ética.
G1
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