Este ano, por conta da pandemia do covid-19, os católicos tiveram que adaptar-se para celebrarem o dia de Corpus Christi, dia que é festejado solenemente o mistério da Eucaristia, o Sacramento do Corpo de Jesus Cristo, e que acontece 60 dias após a Páscoa, sempre em uma quinta-feira.
Tradicionalmente, os fiéis confeccionam tapetes para que o Santíssimo passe, entretanto, a solenidade aconteceu de forma diferente em todo o país, pois as paróquias deveriam seguir as orientações das autoridades de saúde. Em Sidrolândia, a igreja optou por somente percorrer com o ostensório pelas principais ruas da cidade, após a missa presidida pelo Frei Onil José Lorenzzetti.
Corpus Christi
Em 1263 — um ano antes, portanto, da instituição de Corpus Christi, um padre alemão, chamado Pedro de Praga, parou na cidade de Bolsena depois de uma peregrinação à Cidade Eterna. A crônica geralmente o descreve como um padre piedoso, mas que tinha dificuldades para acreditar que Cristo estivesse realmente presente na Hóstia consagrada. Eis então o que lhe aconteceu:
Foto: Divulgação |
Enquanto celebrava a Santa Missa sobre o túmulo de Santa Cristina, mal havia ele pronunciado as palavras da consagração, quando sangue começou a escorrer da Hóstia consagrada, gotejando em suas mãos e descendo sobre o altar e o corporal. O padre ficou imediatamente perplexo. A princípio, ele tentou esconder o sangue, mas então interrompeu a Missa e pediu para ser levado à cidade vizinha de Orvieto, onde o Papa Urbano IV então residia.
O Papa ouviu o relato do padre e o absolveu. Mandou então emissários para uma investigação imediata. Quando todos os fatos foram confirmados, ele ordenou ao bispo da diocese que trouxesse a Orvieto a Hóstia e o pano de linho contendo as manchas de sangue. Juntamente com arcebispos, cardeais e outros dignatários da Igreja, o Papa realizou uma procissão e, com grande pompa, introduziu as relíquias na catedral. O corporal de linho contendo as marcas de sangue ainda está reverentemente conservado e exposto na Catedral de Orvieto.
Como se sabe, depois disso, o Papa pediu a ninguém menos que Santo Tomás de Aquino para compor os textos litúrgicos referentes a Corpus Christi, de cuja pena nasceram os mais belos hinos já escritos ao Santíssimo Sacramento, e que todos cantamos ainda hoje.
Com o tempo, se criou a tradição de realizarem um tapete colorido, desenhado com vários símbolos da igreja, como cálice, pomba, hóstia, usando serragem, pó de café, trigo, e outros elementos para que a procissão com Jesus no ostensório passasse por cima. Uma festa que é para adorar e exaltar Jesus na eucaristia. *Com informações Padre Paulo Ricardo
Suélen Duarte - Rota Social
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