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MS registra 121 novos casos de infectados com coronavírus, sendo 78 de Dourados

domingo, 7 de junho de 2020

/ por Rota Social
Boletim epidemiológico da secretaria estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) confirmou mais 121 casos de pessoas infectadas com o coronavírus nas últimas 24 horas. O estado atingiu neste domingo (7) 2.253 registros de covid-19.

Outros 645 casos suspeitos aguardam a liberação dos resultados de exames pelo Laboratório Central (Lacen). A doença já provocou a morte de 21 pessoas no estado.

Foto: Assessoria de Imprensa

Dos 121 novos casos, 64% são de um único município, Dourados, que registrou 78. O município é considerado o novo epicentro da doença no estado pela SES e totaliza desde o começo da pandemia 571 ocorrências de pessoas infectadas com o novo coronavírus.

Neste domingo, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que a situação de Dourados e outros municípios do entorno da cidade que também tem número expressivo de registros é atualmente o principal motivo de preocupação da secretaria.

Ele ressaltou que a secretaria tem feito todos os esforços possíveis para tentar conter o surto da doença que se espalha pela região, a exemplo, do que foi feito no sudoeste, nos municípios de Guia Lopes da Laguna, Jardim e Bonito.

“Queremos acreditar que teremos condições de conter esse surto. Estamos fazendo tudo que podemos, com recursos adicionais para ajudar as cidades. Cada membro da nossa equipe está apadrinhando um grupo de uma a nove cidades da região para ajudar os municípios a fazerem desde o monitoramento dos casos positivos até o acompanhamento dos contatos desses casos. Devemos ir nesta semana a região para anunciar a doação de leitos clínicos e de UTI e também para levar materiais que conseguimos comprar e os que recebemos de doação, como máscaras, além de cartilhas em guarani, para orientar a população indígena”, comentou.

Além de Dourados, outras 15 cidades do estado confirmaram novos casos de covid-19 neste domingo. Os municípios com a maior quantidade foram: Campo Grande, com 15; Rio Brilhante, com 7; Corumbá, com 6; Naviraí, com 3; Vicentina, com 3 e Ponta Porã, com 1.

Terenos confirmou seu primeiro registro, o que elevou para 52 a quantidade de municípios sul-mato-grossenses com casos.

As dez cidades que tem o maior número de casos desde o início da pandemia são: Dourados, com 571; Campo Grande, com 388; Guia Lopes da Laguna, com 241; Três Lagoas, com 159; Gátima do Sul, com 153; Rio Brilhante, com 102; Corumbá, com 87; Douradina, com 69; Itaporã, com 64 e Bonito, com 49.

A maior incidência por 100 mil habitantes, no entanto, continua sendo de Guia Lopes da Laguna, com 2.435. O município não teve nenhum caso confirmado neste domingo.

Das pessoas que contraíram a doença em Mato Grosso do Sul, 1.020 estão em isolamento domiciliar e 49 estão internadas. Das hospitalizadas, 18 estão em unidades de terapia intensiva (UTIs). A taxa de ocupação desses leitos no estado está em 10,5%. Já se recuperaram da covid-19 1.163 pessoas, o que representa 51,62%.

Transparência nas informações

Resende também se manifestou sobre as afirmações do empresário Carlos Wizard, que é cotado para assumir um cargo estratégico no Ministério da Saúde, e que afirmou que a pasta vai revisar os dados de contaminados e mortos pelo coronavírus, com base em uma suspeita de que os estados estariam “inflando” os números para receber mais recursos.

O secretário sul-mato-grossense disse que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que reúne os gestores dos 26 estados e do Distrito Federal, divulgou neste sábado (6) uma nota muito dura, criticando as afirmações de Wizard e afirmou que o empresário “não conhece nada da área de saúde” e que essa talvez seja uma tentativa do governo federal de escamotear o que deveria ser a principal ação do Ministério da Saúde, que seria construir uma unidade nacional no combate ao coronavírus.

Resende chamou as afirmações de Wizard de “cortina de fumaça” para esconder falhas do ministério, que vão desde falas dúbias que prejudicam os gestores da área até falta de equipamentos e insumos para atender aos estados e municípios.

Ele apontou ainda que em Mato Grosso do Sul, a postura da SES e do governo continuará a de dar transparência total aos dados, assim como outros estados e, por fim, disse que somente regimes totalitários têm a prática de esconder número de epidemias, para minimizar seus impactos.

G1 MS

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