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Moscou sai do confinamento enquanto pandemia avança na América Latina

terça-feira, 9 de junho de 2020

/ por Rota Social
Moscou iniciou nesta terça-feira (9) a flexibilização do confinamento, seguindo a tendência registrada em boa parte da Europa e da Ásia, apesar da advertência da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a pandemia “piora” no mundo, sobretudo na América Latina, que supera 67.000 mortos.

Enquanto grande parte do mundo se prepara para o “novo normal”, a incidência da pandemia, que provocou mais de sete milhões de casos e 406.000 mortes no planeta, se agrava no sul da Ásia e na América Latina, o que levou a OMS a fazer um apelo para que os países não baixem a guarda.

Foto: AFP
O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que “a maior ameaça é a autocomplacência” nas áreas onde a situação parece melhorar. Ele afirmou que 75% dos novos casos registrados no domingo se concentram em 10 países, sobretudo das Américas e do sul da Ásia.

Na América Latina, novo epicentro do vírus com mais de 1,3 milhão de casos e mais de 67.000 mortes, vários países começaram a flexibilizar as restrições, com a esperança de estimular a economia.

No Brasil, terceiro país do mundo em número de mortes, com 37.134, depois dos Estados Unidos (111.007) e Reino Unido (40.597), o governador do Rio de Janeiro autorizou a flexibilização das medidas de quarentena, mas a medida foi parcialmente suspensa pela Justiça.

Depois de ser acusado de tentativa de manipular o balanço de vítimas, o governo do presidente Jair Bolsonaro anunciou na segunda-feira que priorizará a divulgação do número de mortes do dia com diagnóstico de COVID-19, mas que na internet será possível consultar “quantas mortes foram notificadas” a cada dia e a data.

No México, segundo país mais afetado da região, com quase 13.700 mortes, o presidente Andrés Manuel López Obrador descartou a possibilidade de fazer um exame para COVID-19, apesar de um funcionário de seu entorno ter apresentado resultado positivo para o vírus.

Nas últimas horas, Cuba recebeu como heróis quase 50 profissionais da saúde que retornaram de uma missão de dois meses na Lombardia, a região italiana mais afetada pela pandemia, que deixou quase 34.000 mortos no país europeu.

“Encontramos um hospital completamente lotado, com pacientes inclusive nos corredores, quase todos os pacientes com respiração assistida, uma grande quantidade de falecidos, as ambulâncias passando constantemente e todas as ruas desoladas”, comentou ainda no aeroporto Roberto Arias, médico de 28 anos, que, assim como os companheiros, recebeu uma rosa e uma medalha.

– Máscara obrigatória –

Na Espanha, o ministro da Saúde, Salvador Illa, anunciou que o uso de máscara continuará sendo obrigatório em vias públicas e espaços fechados, incluindo meios de transporte, quando não for possível respeitar a distância de segurança de 1,5 metro, ao fim do desconfinamento e até a derrota “definitiva” do novo coronavírus.

Quem não respeitar a norma poderá ser multado em 100 euros (112 dólares).

O uso da máscara também será obrigatório nas ruas de Moscou, que iniciou nesta terça-feira a flexibilização do confinamento. Nos transportes públicos e nos espaços fechados, os russos também terão que usar luvas.

A capital russa é a região mais afetada pelo novo coronavírus no país, o terceiro do mundo em número de contágios, com 485.253 casos. A Rússia registrou até o momento 6.142 mortes.

No elegante bairro de Patriarchy Prudi, os salões de beleza e as barbearias receberam os primeiros clientes em semanas.

“Há muitas pessoas nas ruas. É um dia bonito”, afirmou Olga Ivanova, diretora de marketing de 33 anos. “Passei muito tempo na ‘datcha’ (casa de campo), todo o mês de maio. Mas estava na hora de voltar a Moscou”.

– Estados Unidos em recessão –

Moscou seguiu os passos de Nova York, que liberou algumas atividades na segunda-feira.

No momento, a reabertura da capital econômica dos Estados Unidos se limita ao setor da construção e manufatureiro, mas as autoridades esperam iniciar a segunda fase dentro de duas semanas, com possibilidade de frequentar os espaços abertos de restaurantes ou salões de beleza.

Após quase 11 anos de crescimento, os Estados Unidos entraram em recessão. Uma situação que reflete o cenário mundial, com a pior crise em 150 anos, segundo o Banco Mundial.

Na Europa, o PIB da zona do euro registrou contração de 3,6% no primeiro trimestre de 2020, anunciou a agência de estatísticas Eurostat, a queda mais importante” desde 1995, quando começaram os registros.

A França, onde a COVID-19 deixou mais de 29.200 mortos, a economia pode demorar até dois anos para retornar aos níveis prévios à pandemia, segundo o Banco Central.

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