O Ministério da Saúde publicou, na edição desta sexta-feira (19) do “Diário Oficial”, uma portaria com orientações para a retomada segura das atividades e do convívio social em meio à pandemia do novo coronavírus.
A pasta, porém, reconhece no texto que cabe às autoridades locais -prefeituras e governos estaduais- decidir sobre esta retomada, levando em consideração cenário epidemiológico e capacidade de resposta de suas redes de saúde.
Foto: Divulgação |
Indicando querer contribuir com as ações de volta à normalidade, o ministério indica medidas como distanciamento social, etiqueta respiratória, higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfecção de ambientes e isolamento domiciliar de casos suspeitos e confirmados.
De acordo com a portaria, assinada pelo ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, estas medidas “devem ser utilizadas de forma integrada, a fim de prevenir o adoecimento e controlar a transmissão da Covid-19, permitindo também a retomada gradual das atividades desenvolvidas pelos vários setores e o retorno seguro do convívio social”.
A portaria afirma que a volta das atividades e do convívio são também fatores de promoção da saúde mental das pessoas, uma vez que o confinamento, o medo do adoecimento e da perda de pessoas próximas, a incerteza sobre o futuro, o desemprego e a diminuição da renda, são efeitos colaterais da pandemia e têm produzido adoecimento mental em todo o mundo.
“Porém, a retomada das atividades deve ocorrer de forma segura, gradativa, planejada, regionalizada, monitorada e dinâmica, considerando as especificidades de cada setor e dos territórios, de forma a preservar a saúde e a vida das pessoas”, diz o texto assinado por Pazuello.
Para o ministério, setores de atividades precisam elaborar e divulgar protocolos específicos de acordo com os riscos de cada área, levando em consideração não só os ambientes e os processos produtivos, como também os trabalhadores, consumidores, usuários e população em geral.
A pasta destaca a necessidade de que cada estabelecimento desenvolva seu plano de ação para reabertura gradativa da atividade, incluindo a possibilidade de desmobilizar o processo de abertura, em função de mudanças no contexto local de transmissão da Covid-19.
Como cuidados gerais, o texto recomenda a lavagem das mãos com água e sabão ou com álcool em gel a 70% e o uso de máscaras em todos os ambientes, incluindo lugares públicos e de convívio social. Orienta que não se toque a máscara, como também olhos, nariz e boca.
As máscaras cirúrgicas devem ser trocadas a cada quatro horas de uso. As de tecido, a cada três horas de uso ou quando estiverem sujas ou úmidas.
Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e boca com lenço de papel e descartá-los adequadamente. Na indisponibilidade dos lenços, cobrir com a parte interna do cotovelo, nunca com as mãos.
Também não se deve compartilhar objetos de uso pessoal, como aparelhos telefones celulares, máscaras, copos e talheres.
O Ministério da Saúde recomenda que se evite aglomerações e que se mantenha uma distância mínima de 1 metro entre as pessoas. Os ambientes devem ser mantidos limpos e ventilados.
Se estiver doente, com sintomas compatíveis com a Covid-19, tais como febre, tosse, dor de garganta e/ou coriza, com ou sem falta de ar, a pessoa deve evitar contato físico com outras pessoas, incluindo os familiares, principalmente, idosos e doentes crônicos, buscar orientações de saúde e permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias.
Para os setores de atividades há recomendações como elaboração de um plano para a volta dessas atividades, o estabelecimento e divulgação de orientações, a disponibilização de estrutura adequada para a higienização das mãos, de álcool 70% para higienização de superfícies.
Também deve ser incentivada a lavagem das mãos antes de iniciar as atividades, de manusear alimentos, de manusear objetos compartilhados; antes e após a colocação da máscara; após tossir, espirrar, usar o banheiro, tocar em dinheiro e manusear resíduos.
Há ainda orientações para que se evite aglomerações, inclusive o estímulo à adoção do trabalho remoto.
No uso de transporte individual, o ministério orienta a higiene frequente do veículo, a manutenção das janelas abertas e a manutenção de álcool em gel 70% e lenços ou toalhas de papel.
No transporte coletivo, a orientação é para que se evite aglomeração no embarque e no desembarque, que se adapte o número máximo de pessoas por unidade de transporte para manter a segurança e a distância mínima entre os passageiros.
J. J
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