Os Estados Unidos questionaram nesta quinta-feira (18) a "credibilidade" dos dados relatados pela China sobre o surto de Covid-19 em Pequim e pediram o envio de observadores "neutros" para o país asiático.
O Ministério da Saúde chinês relatou 158 casos registrados na semana passada na capital chinesa, onde vivem 21 milhões de pessoas, e disse que a epidemia está "sob controle".
Foto: AP Photo/Mark Schiefelbein |
"Espero que seus números e relatórios sejam mais precisos do que o que vimos no caso de Wuhan e outros lugares na China, mas isso ainda está por ser visto", disse a repórteres o secretário de Estado assistente do Leste da Ásia, David Stilwell.
Washington acusa Pequim de ter mentido em seu relatório oficial sobre a epidemia que, segundo as autoridades chinesas, deixou quase 83.300 casos e mais de 4.600 mortes no país desde que o primeiro contágio foi detectado na cidade de Wuhan, em dezembro de 2019.
O governo Donald Trump também acredita que a China ocultou a magnitude e a gravidade inicial da pandemia, facilitando a propagação do vírus que matou mais de 450 mil pessoas em todo o mundo.
"Quando se trata de dados, a credibilidade é importante. E quando toda a credibilidade é perdida, é difícil recuperá-la", disse Stilwell.
O alto funcionário citou "avaliações altamente críveis e não politizadas de publicações científicas" que é "impossível" para o balanço chinês refletir a realidade.
Os números verdadeiros podem ser "10 vezes" maiores do que os relatados por Pequim, acrescentou.
Segundo ele, "a única maneira" de "restaurar" a credibilidade da China seria "aceitar o envio de observadores neutros para ajudar a entender exatamente o que aconteceu" no início da pandemia.
G1
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