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Estudo indica que remédio disponível no mercado reduz mortes de pacientes graves

quarta-feira, 17 de junho de 2020

/ por Rota Social
Um medicamento barato e amplamente disponível no mundo, chamado dexametasona, pode ajudar a salvar milhares de pacientes com Covid-19 em estado grave. É o que apontam divulgações preliminares da série Recovery, o maior ensaio clínico mundial que testa tratamentos existentes no mercado para verificar se eles são eficazes no combate ao coronavírus. A pesquisa é conduzida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. 

Especialistas afirmam que o tratamento com corticoides em dose baixa é um grande avanço na luta contra a doença. A medicação reduziu em um terço as mortes de pacientes internados com ventiladores mecânicos. Entre os doentes fazendo uso de oxigênio, a diminuição no número de mortes foi de cerca de 20%. Para pacientes com sintomas leves da Covid-19, o estudo não comprova eficácia no uso do corticoide.

Foto: Edilson Dantas / Agencia O Globo Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Os pesquisadores estimam que, se o medicamento estivesse disponível no Reino Unido desde o início da pandemia, até 5.000 vidas poderiam ter sido salvas. Por ser barato, o tratamento também pode ser de grande benefício em países pobres que contabilizam um número alto de pacientes com Covid-19.

O medicamento já é usado para reduzir a inflamação em várias outras condições. Segundo o estudo, o remédio tem chances de ajudar a reduzir os danos que podem ocorrer quando o sistema imunológico do corpo entra em ação e produz uma tempestade de citocinas durante o combate ao coronavírus. O corticoide também ajuda na prevenção e combate de embolias, um dos efeitos colaterais da Covid-19.

Para o  médico e especialista em medicina intensiva do Hospital Sírio Libanês, Luciano Cesar Azevedo, o estudo é promissor, mas é necessário aguardar a publicação completa das informações científicas.

Testes

No teste, liderado por uma equipe da Universidade de Oxford, cerca de 2.000 pacientes hospitalizados receberam dexametasona e foram comparados com quase 4.000 que não receberam o medicamento.

Para os pacientes em ventiladores mecânicos, reduziu o risco de morte de 40% para 28%. Para pacientes que necessitam apenas de oxigênio, o risco de morte caiu de 25% para 20%.


Sem corrida às farmácias

Especialistas esplicam que, quando indicado, os pacientes internados devem receber o tratamento sem demora, mas as pessoas não devem sair de casa para comprar a dexametasona nas farmácias. O estudo não indica que o corticoide ajude as pessoas com sintomas mais leves da Covid-19.

Segundo o médico Luciano Azevedo, os efeitos colaterais da dexametasona incluem riscos de infecção e alterações na glicose. Por isso, o uso do medicamento só deve ser feito no hospital, apesar de não ser necessária receita médica nas farmácias.


O Globo

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